Capítulo Oito: O que fazer se a assembleia tomar uma decisao errada?


Pergunta: O que fazer se uma assembleia tomar uma decisão injusta e errada?
 
Antes de tentarmos responder deveríamos ser muito cuidadosos em chamar de erradas ou maléficas certas decisões tomadas pela assembleia. Pode ser que os irmãos tenham agido sobre princípios bíblicos que nós desconheçamos. Neste caso, embora acreditemos que eles estejam errados, o erro na verdade será nosso.

Por outro lado é possível que as coisas tenham sido conduzidas de maneira errônea e a assembleia tenha tomado a decisão errada. Supondo que seja esta a premissa da pergunta, tentaremos respondê-la de acordo.

RESPOSTA: Se algo assim tiver ocorrido, quero dizer, se a assembleia tiver tomado uma decisão errada, sempre existe um recurso.

Primeiro, podemos levar o assunto em oração diretamente ao Senhor, a Ele que é a Cabeça da igreja. Ele pode exercitar as consciências dos que estão naquela localidade até fazer com que corrijam sua decisão.

Segundo, o Senhor pode levantar profetas na assembleia local ou enviá-los de outras assembleias para lançar luz à consciência daquela assembleia para que a decisão errada possa ser corrigida (2 Co 2:4; Ap 2:13; 2 Cr 24:19-22; Jz 9:5-21).

Terceiro, se aquela assembleia local se recusar a lidar com o seu erro, depois de isso ter sido mostrado a ela de forma conclusiva e em conformidade com a Palavra de Deus, aquela decisão pode ser repudiada por outra assembleia agindo em nome do corpo com um todo. Os irmãos da outra assembleia simplesmente fariam uma comunicação formal de que a assembleia que está incorrendo no erro já não está mais sobre o verdadeiro terreno da igreja de Deus. Esta responsabilidade é mostrada nas palavras do Senhor às sete igrejas na Ásia (Ap 2-3). Ele considerou “o anjo” (os líderes responsáveis) de cada assembleia responsável por todos os erros que foram permitidos ali. Mas cada mensagem termina com as palavras “O que o Espírito diz às igrejas” (plural). Isto demonstra que embora cada assembleia seja responsável em lidar com o mal em seu meio, existe uma responsabilidade corporativa da parte das outras assembleias no que diz respeito àquela questão, quando a assembleia local não trata o problema. O Senhor não fala na passagem como isto deve ser feito, mas simplesmente mostra que existe uma responsabilidade corporativa da parte das outras assembleias.

Este princípio é magnificado ao consideramos a figura em Deuteronômio 13. Se o mal fosse encontrado em alguém numa cidade na terra, a cidade na qual a pessoa vivia deveria “apedrejá-la” até à morte (vers. 6-11). O apedrejamento nos fala da participação da consciência de todos em uma assembleia local que está engajada no julgamento de um ímpio em seu meio. Se fosse descoberto que uma cidade tinha em seu meio um mal não julgado, então as outras cidades na terra deviam agir para a glória de Deus e julgar aquela cidade. Ela devia ser destruída e transformada para sempre em uma pilha de entulho (vers. 12-18). Isto demonstra que existia uma responsabilidade coletiva da parte das cidades em Israel em eliminar o mal que havia na terra. Em figura isto nos fala da assembleia que é comprovadamente injusta sendo repudiada pelas outras assembleias que têm comunhão com ela, como se não mais estivesse reunida sobre o verdadeiro terreno da igreja.

Como já foi mencionado, a remoção de um candeeiro em uma localidade é algo que o Senhor não faz rapidamente. É só depois de muita insistência e de ter sido dado tempo para que arrependessem que o Senhor irá levantar outra assembleia para repudiar aquela que está no erro. Deste modo, evidentemente, a decisão errada que a assembleia repudiada mantinha deixa de ter efeito. Enquanto isso, até que uma assembleia chegue ao ponto de agir para a glória de Deus em uma determinada questão (repudiando a assembleia envolvida), nosso papel é o de nos sujeitarmos à decisão e esperar em Deus. Mencionamos isto para demonstrar que existe um recurso contra o abuso de autoridade nas questões administrativas.

É importante notar que as Escrituras nunca nos instruem a tentarmos resolver individualmente nós mesmos as questões, ou a agirmos de forma independente quando uma decisão de assembleia nos parecer equivocada; algo assim seria o contrário de procurar “guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz” (Ef 4:3). A ação independente de indivíduos em questões coletivas como é uma decisão de assembleia sempre é condenada pelas Escrituras (Dt 17:12; Nm 15:30-31). Coisas assim só servem para abrir a porta para o inimigo dividir e espalhar o rebanho. Existe uma maneira divinamente indicada para lidar com este tipo de problema, e devemos segui-la a fim de manter a ordem.

Infelizmente muitos cristãos caem neste erro. Eles pensam que não podem se sujeitar a algo que acreditam ser injusto e incompatível com as Escrituras. Acham que estarão comprometendo uma boa consciência. Alguns irão até dizer: “Eu devo obedecer primeiro ao Senhor, e não aos irmãos!”. Mas isso é uma ilusão. Se o Senhor pode aguardar até que a decisão seja retificada, por que nós não podemos fazer o mesmo? Uma assembleia que cometa um erro em suas responsabilidades administrativas ainda tem o Senhor em seu meio até que ela seja formalmente repudiada. J. N. Darby disse: “Por que falar de obedecer primeiro ao Senhor e depois à igreja? Como fazer isso supondo que o Senhor esteja na igreja? Trata-se meramente de estabelecer um julgamento privativo em oposição ao julgamento da assembleia reunida ao nome de Cristo conforme a Sua promessa (se não for o caso de uma assembleia congregada ao nome de Cristo, então nada tenho a dizer). Isso nada mais é do que dizer, ‘Sozinho eu me considero mais sábio do que os que estão congregados’. Eu rejeito completamente a ideia de obedecer primeiro a Cristo e depois à igreja por ser algo totalmente sem fundamento bíblico”. Falando do mesmo assunto, ele declarou: “Portanto, a questão toda não passa de um mero sofisma que denuncia o desejo de dar livre expressão à vontade própria, com base na confiança de que o julgamento feito por uma pessoa seja superior a tudo o que já tenha sido julgado”.

É importante entender que a assembleia foi investida da autoridade do Senhor para agir em Seu Nome durante a Sua ausência, e devemos nos submeter às suas ações como sendo a autoridade final. Em Mateus 18:18-20, ao tratar de uma certa questão, o Senhor disse: “Dizei-o à igreja”. Então ele passou a falar da autoridade da igreja para agir em Seu nome, ao dizer: “Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu”. Um exemplo desse ligar é encontrado em 1 Coríntios 5:11-13; um exemplo do desligar aparece em 2 Coríntios 2:6-10. [N. do T.: O ‘ligar’ e ‘desligar’ tem o sentido de tomar uma decisão e depois revogá-la; não é meramente no sentido de ‘ligar’ ou ‘desligar’ alguém da comunhão]

Todavia, o fato de ter sido dado à assembleia autoridade para agir para a glória de Deus não significa que suas ações sejam infalíveis. J. N. Darby escreveu um artigo muito proveitoso neste sentido, com o título de “Confounding Authority With Infallibility” (“Confundindo Autoridade com Infalibilidade”). Ali ele demonstra que é possível que uma assembleia ligue algo que esteja errado, e mesmo assim aquilo será ligado no céu -- ao menos até a ação poder ser retificada. Muitos ficam confusos com isto. Não conseguem entender como uma decisão errada poderia ser ‘ligada no céu’. Todavia o fato de ela ter sido ‘ligada no céu’ não significa necessariamente que ela tenha sido aprovada pelo céu. Significa simplesmente que o céu reconhece a decisão. O céu pode não estar contente com a decisão tomada pela assembleia, mas a endossa.  A assembleia foi revestida da autoridade do Senhor para agir por Ele em Sua ausência de forma representativa; trata-se de uma extensão de Sua autoridade na terra. Ainda que seja possível uma assembleia usar erroneamente da autoridade do Senhor, mesmo assim a autoridade continua sendo dEle.

Podemos entender melhor este princípio em uma família. No artigo de Darby, "Confundindo Autoridade com Infalibilidade", ele menciona o fato de, na família, os pais terem recebido de Deus autoridade, e mesmo assim não serem infalíveis. Todos na família devem se sujeitar àquela autoridade. Um pai pode disciplinar um filho por engano, mas ainda assim sua autoridade é válida e o dever de todos na família é se submeterem. É assim que é mantida a ordem em um lar. Quando ficasse claro que o pai cometera um erro, o normal seria ele reconhecer seu erro pedindo humildemente desculpas e fazendo as correções necessárias. O mesmo ocorre com um policial: ele possui autoridade para prender alguém, mas já que o policial não é infalível, é possível que ele venha a cometer erros. Porém sua ação continua a ter validade e a pessoa presa não tem alternativa senão aceitá-la, até que se prove que a ação foi errada. Se as autoridades civis não fossem assim, não haveria qualquer ordem no governo e estaríamos vivendo em um estado de anarquia. Darby também escreveu: “Em uma centena de situações a obediência pode ser obrigatória apesar de não haver infalibilidade. Caso contrário, como você pode facilmente constatar, não haveria qualquer ordem no mundo... Se não existisse obediência em casos em que não há infalibilidade e se não houvesse qualquer submissão ao que foi decidido, a vontade própria não teria fim e seria impossível existir uma ordem”. De um modo similar, as decisões em assembleia podem não agradar o céu por ela ter cometido um erro ao ligar, mas mesmo assim o céu endossa sua decisão pelo tempo que for necessário. É assim que a ordem é mantida na casa de Deus.

Deveríamos ter uma atitude solene ao pensarmos na possibilidade de usarmos da autoridade do Senhor de forma errada e inadvertidamente identificarmos o céu com algo que não esteja correto, incorrendo assim no juízo governamental do Senhor. Esta é a verdadeira razão pela qual o Senhor deixou de estar associado com a massa da profissão cristã e adotou um testemunho remanescente. E se aqueles identificados com tal testemunho remanescente seguirem numa condição lamentável e comprometendo sua responsabilidade, Ele pesará Sua mão sobre eles em juízo governamental e reduzirá o seu número, peneirando e espalhando alguns para que os que ficarem se humilhem. É triste dizer, mas isto tem acontecido.

W. Potter escreveu um breve texto sobre as ações da assembleia em ligar e desligar, no qual ele diz que a expressão “qualquer coisa” em Mateus 18:19 é qualquer coisa mesmo, sem qualquer condição. A assembleia pode tomar uma decisão de ligar ou não, conforme achar ser ou não necessário fazê-lo para a glória do Senhor. Alguns acham que isto está mais para o papado e que daria à assembleia uma autoridade inquestionável. Estes argumentarão que se “qualquer coisa” for incondicional, então a assembleia poderia ligar qualquer coisa ao seu bel prazer, e isso seria automaticamente ligado no céu. Eles acham que isso faria o céu ficar à mercê das ações da igreja na terra, e caso a assembleia cometesse um erro, o céu estaria tendo comunhão com o erro. Todavia, tal ideia não tem fundamento. Já demonstramos que o Senhor continua no meio de uma assembleia em erro e que tenha o mal em seu meio, até que isso seja retificado ou ela seja formalmente repudiada.

É triste que muitos tenham sido enganados por tal ideia equivocada de que a menos que uma decisão de assembleia tenha o selo da Palavra de Deus, tal decisão não será ratificada no céu e não terá o poder de sujeitar ninguém a ela na terra. Em outras palavras, a decisão só seria uma decisão de ligar quando fosse uma decisão correta. O que essas pessoas estão realmente dizendo, ainda que não percebam, é que todas as decisões corretas da assembleia seriam infalíveis. Ao agir administrativamente para tomar uma decisão de ligar, a assembleia nunca estaria errada! Os próprios que acusam os irmãos de papismo são aqueles que apoiam a infalibilidade. O artigo de J. N. Darby demonstra que esta ideia equivocada confunde autoridade com infalibilidade.

À primeira vista parece lógico, segundo este argumento, não se sujeitar a uma decisão injusta, mas por detrás desta ideia está a tentativa do inimigo de introduzir confusão na assembleia e minar sua autoridade e suas decisões. Tudo o que alguém precisaria fazer seria declarar que uma decisão da assembleia seria injusta e concluir que, por conseguinte, o céu não a ligaria. E se o céu não a aceitasse, então as pessoas deveriam igualmente rejeitá-la. Esta é uma forma bem conveniente de se colocar de lado as decisões da assembleia que não nos agradem. Se as ações administrativas da assembleia só exigissem sujeição com a condição de serem decisões justas, então toda a ordem estaria comprometida. Esta ideia errônea coloca os julgamentos da assembleia sob nosso próprio julgamento individual. Se assim fosse, a assembleia deixaria de ser a mais elevada corte de autoridade nestas questões, passando a posição para o nosso próprio julgamento individual! O resultado é que todos ficariam à mercê do que parecesse reto “aos seus olhos” (Juízes 21:25). Todavia, J. N. Darby escreveu que “a um julgamento feito por uma assembleia, mesmo que considerado errôneo, devo em princípio aceitá-lo e me sujeitar a ele”.

Em um esforço para negar a força do “tudo” de Mateus 18:18 alguns erroneamente decidiram que o versículo 19 refere-se a uma reunião de oração. O raciocínio é que, se a as orações da assembleia estão sujeitas à qualificação do céu (pois Deus apenas atende nossas orações quando elas estiverem em conformidade com a Sua vontade), então o “tudo” que a assembleia ligasse deveria estar sujeito à aprovação do céu. É um raciocínio sagaz, mas que tira o versículo 19 de seu contexto. A passagem não está se referindo a uma reunião de oração, mas àqueles congregados ao nome do Senhor, reunidos como tais para agirem em suas responsabilidades administrativas ao tomarem decisões que têm o efeito de ligar. Trata-se de uma reunião para disciplina. Em 1 Coríntios 5:4-5 Paulo fala do mesmo tipo de reunião. Se em Mateus 18:19 o Senhor estivesse se referindo à reunião de oração, então Ele teria mudado de assunto bem no meio de Sua dissertação sobre as ações administrativas da assembleia. Depois Ele teria voltado ao assunto anterior que tem a ver com a presença do Senhor no meio da assembleia, e de seus santos terem de exercitar um espírito de perdão para com um irmão arrependido depois de haver pecado (vers. 20-35). Não faria qualquer sentido. O propósito dos versículos 19 ao 20 é que a assembleia se reúne com o Senhor no meio para invocar a Deus para ratificar sua decisão de ligar. A promessa é clara: “Isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus”. (O versículo 20 pode até ser lido no partir do pão, mas ele apenas estabelece o fato de que o Senhor está no meio dos Seus santos quando congregados em assembleia).

Para aqueles que questionam se “tudo” significa qualquer coisa que a assembleia possa julgar, indicamos a leitura de 2 Coríntios 2:10. Ali vemos que quando se trata de desfazer uma ação de ligar Paulo diz: “E a quem perdoardes alguma coisa...”. Se eles são vistos ali perdoando “alguma coisa” é porque devem necessariamente ter ligado “tudo”. Isto não deveria ser difícil de compreender para alguém com disposição para tal, mas é aí que está a questão. Será que realmente desejamos saber a vontade do Senhor? Às vezes as pessoas fazem tanto barulho por considerarem que a assembleia talvez tenha tomado a decisão errada, que fica difícil entender aonde querem chegar. Mas, sinceramente, quando acontece de uma assembleia tomar uma decisão errada? Raramente. Potter dizia que nos 50 anos em que ele esteve congregado com os irmãos nunca soube de alguma decisão da assembleia à qual ele não pudesse se submeter.

Para alguns a solução seria existir outra etapa em que a assembleia faria uma revisão da decisão original tomada pela mesma assembleia. C. D. Maynard disse que “uma assembleia, quando congregada ao Nome de Cristo, tem a Ele em seu meio, e possui a Sua autoridade para agir em ligar ou desligar os pecados de um irmão culpado (Mt 18:18-20). Tal decisão é ratificada nos céus. Dessa decisão não há apelação, a não ser a Cristo na glória, já que o próprio Jesus ‘entregava-se àquele que julga justamente’ (1 Pe 2:23)... Alguns poderiam dizer que se uma assembleia local julgasse supostamente de forma errada, existiria a possibilidade de se apelar para outra assembleia local, por exemplo, para restaurar alguém colocado injustamente fora de comunhão. Para tal ideia existe tanto fundamento bíblico quanto para qualquer corrupção introduzida pelo romanismo. O que tal ideia realmente faz é negar a unidade prática das duas reuniões. O mero pensar nisto já significa rejeitar que exista um corpo e um Espírito. Se a mesa do Senhor é uma, as duas reuniões estão ligadas quando uma delas toma uma decisão, portanto não há como apelar. Se elas pudessem revisar o julgamento uma da outra a unidade do Espírito não existiria ali e elas nada mais seriam que reuniões independentes”. A falta de entendimento deste importante princípio em questões envolvendo a assembleia está por detrás de muitas das tristes divisões que ocorreram entre os congregados ao Nome do Senhor ao longo dos anos. Portanto, faremos bem se ponderarmos estas coisas cuidadosamente.

Outra ideia errônea de alguns é que se a assembleia tomar uma decisão errada ela perderá o terreno que ocupa como congregada ao nome do Senhor, e já não estará em terreno divino. Isto é um erro ultrajante. Mais uma vez tal ideia demonstra a ignorância que existe ao se confundir autoridade com infalibilidade. O fato de uma assembleia ser investida de autoridade, e não de infalibilidade, significa que ela tem a possibilidade de cometer um erro. Ao cometer um erro, a assembleia não perde seu status de estar biblicamente congregada, do mesmo modo como os pais em uma família não deixam de ser pais por terem cometido um erro ao disciplinar um filho.

Um exemplo deste equívoco é o que acontecem em Tunbridge Wells em 1908-1909. Muitos achavam que as ações que a assembleia havia tomado, primeiro de silenciar (1903), e mais tarde de excluir da comunhão C. Strange (1908) tinham sido injustas. Acreditando que as decisões de Tunbridge Wells tivessem sido injustas e sem fundamento bíblico, algumas pessoas acharam que a assembleia teria perdido seu status de uma assembleia verdadeiramente congregada ao Nome do Senhor. Como consequência, muitos não quiseram se submeter às decisões de sua assembleia. W. R. Dronsfield propôs esta ideia errônea na página 33 de seu livro “The Brethren Since 1870” (“Os Irmãos desde 1870”), dizendo que “se dois ou três estiverem verdadeiramente congregados ao Nome do Senhor, qualquer decisão que vierem a tomar deve estar adequada para os céus a reconhecerem como tal. Todavia o inverso é também verdade, ou seja, que se aqueles congregados chegarem a uma decisão inválida e injusta, não poderão estar congregados ao Nome do Senhor”. Esta ideia equivocada levou a uma triste divisão entre os irmãos.

***

RESUMINDO: Se acharmos que a assembleia cometeu um erro ao ligar uma decisão:

  • Primeiro, precisamos ter certeza de termos entendido os princípios envolvidos. Pode ser que estejamos mal informados e ignoremos alguns princípios bíblicos. Se mesmo assim tiver sido uma decisão errada, devemos apresentá-la ao Senhor, a Cabeça da igreja, em oração.
  • Segundo, devemos expressar nossas convicções -- baseadas nas Escrituras -- aos irmãos e esperar que eles sejam exercitados a respeito.
  • Terceiro, devemos esperar no Senhor para que Ele possa intervir e fazer a correção. Podemos descansar na certeza de que Ele irá intervir, em Seu próprio tempo e da Sua própria maneira; a fé irá esperar nEle. Se for um erro sério pode ser que o Senhor venha a guiar outra assembleia para repudiar formalmente aquela assembleia que alega estar sobre terreno divino.


Enquanto isso, não devemos tomar o assunto em nossas próprias mãos e começar a fazer campanha entre os santos para boicotarem a decisão. É possível lutarmos pela causa correta, porém da maneira errada, o que só gera confusão. É comum os que agem na carne em questões de assembleia acabarem machucados -- mesmo que estejam lutando pelo que é certo! O Senhor disse: “Embainha a tua espada; porque todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão” (Mt 26:52).




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